Alopecia Areata: quando o próprio sistema imunológico ataca o folículo
- Dra. Corina Salas

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Atualizado: há 1 dia
A alopecia areata é uma doença autoimune que afeta cerca de 1% a 2% da população, ocorre em homens e mulheres de todas as idades. A forma de apresentação mais comum é em placas ou falhas arredondadas no couro cabeludo. O quadro mais extenso que causa perda dos cabelos, sobrancelhas, cílios e outros pelos corporais é chamado de alopecia areata universal.
Em indivíduos geneticamente predispostos, o próprio sistema imunológico do paciente ataca os folículos pilosos, interrompendo o ciclo natural de crescimento dos fios. Apesar de não destruir de forma permanente os folículos, esse processo inflamatório faz com que os cabelos caiam repentinamente, deixando áreas lisas no couro cabeludo ou em outras regiões do corpo.
Principais sinais clínicos
Queda súbita de cabelo, geralmente em formato arredondado na alopecia areata em placas.
Em casos extensos, perda total dos fios do couro cabeludo (alopecia areata total) ou pelos de todo o corpo incluindo sobrancelhas e cílios (alopecia areata universal).
Alguns pacientes podem cursar também com alterações nas unhas.
Causas
A causa exata ainda não está totalmente elucidada, mas sabe-se que a predisposição genética desempenha um papel fundamental.
Autoimunidade
O estresse emocional não é a causa, mas pode representar o gatilho para abrir ou piorar o quadro clínico.
Tratamentos
O tratamento da alopecia areata dependerá da gravidade do quadro no contexto clínico de cada paciente.
Podem ser utilizados tratamentos tópicos ou injetáveis intralesionais (nos locais acometidos) na alopecia areata em placas, por exemplo.
Imunoterapia tópica, como a difenciprona, em alguns casos mais extensos.
Inibidores de JAK, como o baricitinibe e o ritlecitinibe, uma nova classe de medicamentos que revolucionou o tratamento da alopecia areata grave.
Existem diversas opções terapêuticas, no entanto, é importante ressaltar que cada paciente é único e exige uma abordagem individualizada.
Por que a consulta presencial é fundamental?
O diagnóstico da alopecia areata é clínico, realizado por meio da anamnese (perguntas direcionadas), exame físico detalhado do couro cabeludo e tricoscopia. Em alguns casos, pode ser necessário realizar uma biópsia. Apenas um médico dermatologista pode diferenciar a alopecia areata de outras causas de queda de cabelo e indicar o tratamento adequado.
A Dra. Corina Salas, dermatologista especialista em tricologia, reforça que a avaliação médica deve ser realizada presencialmente e a realização da tricoscopia é fundamental para obter o diagnóstico e definir um plano terapêutico eficaz.
A alopecia areata é uma condição que vai além da estética, impactando a autoestima e a qualidade de vida do pacientes. É importante ressaltar que não é contagiosa e que existem diversos tratamentos disponíveis.





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